quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

FÁTIMA - 16 de janeiro de 2014

Na quinta-feira, 16 de janeiro de 2014, pela primeira vez nesta viagem saí de Lisboa, preocupado com o tempo, que anda muito chuvoso. Das outras quatro vezes em que estive em Fátima, lembro-me de ter chovido em três. Desta vez experimentei todos os climas, apesar do inverno na Europa. Senti muito frio, calor, fez sol, choveu, ventou... Mas sempre vale a pena ir a Fátima, seja com que tempo for.
Quando, logo após as 8 da manhã, fui ao metrô perto do hotel para ir à rodoviária, mas ele não estava funcionando. Há uma greve que já se estende por meses, que paralisa o metrô todas as quintas-feiras na parte da manhã. Assim, peguei um taxi, que para minha surpresa foi bem barato. Em poucos minutos estava dentro da rodoviária e, lá chegando, havia um ônibus saindo. Assim, embarcando às 8h30, em uma hora e meia eu já estava no Santuário de Fátima.
Fui direto para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, rezei o terço e, às 11h00, participei da Santa Missa.
Depois fui passear pelo Santuário e imediações, orando o tempo todo - Pai-Nosso e Ave-Maria, a perder a conta -, lembrando de todos os que me pediram as orações, de maneira especial o Rudenei e a esposa Leila, a Sílvia e família, a Consola, a Sandra, a Palmira, a Ana e sua filha Ana Luiza, os nossos dizimistas, os benfeitores do nosso Seminário, os nossos seminaristas, propedeutas e vocacionados, os funcionários, as clarissas, as canisianas, as Irmãs de Santa Cuz... e conforme ia me lembrando das pessoas, ia-as incluindo nas preces. Saí de Fátima quando já estava escuro e embarquei de volta a Lisboa, sem o saber, no último ônibus, às 20h30. Quando o ônibus partiu, a rodoviária estava já fechada.

uma das entradas do Santuário
a programação do Santuário

oratório próximo a uma das entradas do Santuário

velas acesas em local próprio, ao lado da Capelinha das Aparições

O pedestal, onde se encontra a imagem de Nossa Senhora de Fátima, marca o local exato onde estava a pequena azinheira de um metro e pouco de altura, sobre a qual Nossa Senhora apareceu aos pastorinhos a 13 de maio, junho, julho, setembro e outubro de 1917. Alguns dizem que essa árvore desapareceu devido à devoção dos primeiros peregrinos que a levaram, ramo a ramo. Porém, uma placa indica que a azinheira que ficava no lugar onde se encontra a coluna no alpendre da capelinha, é a Azinheira Grande, transplantada para um espaço ao lado da capelinha, cerca para que ninguém lhes tire os ramos (como eu, confesso, pretendia fazer, a fim de levá-lo ao Rudenei Peçanha e a outros enfermos, e ficar com um pedaço como relíquia. 
A construção da capelinha aconteceu de 28 de abril a 15 de junho de 1919, em resposta ao pedido de Nossa Senhora: "Quero que façam aqui uma capela em minha honra". Construída em pedra e cal, é coberta de telha e mede 3,30 metros de comprimento, 2,80 metros de largura e 2,85 de altura. Foi a primeira construção do atual recinto.
Em 1920 chega a imagem de Nossa Senhora, obra do escultor de arte sacra José Ferreira Thedim, segundo orientações da Irmã Lúcia. Com 1 metro de altura, foi esculpida em cedro do Brasil para depois ser benzida na Igreja Paroquial de Fátima, a 13 de maio de 1920, pelo então pároco Pe. Manuel Bento Moreira, e colocada na capelinha a 13 de junho desse mesmo ano. Mas só a 13 de outubro de 1921 é que ali foi permitida a celebração da missa pela primeira vez.
foto extraída da internet, com a capelinha antigamente, sem alpendre e a azinheira protegida, próxima

No dia 06 de março de 1922 houve um atentado, com uso de dinamite, que destruiu parte da capelinha, inclusive o seu telhado, sendo reconstruída no mesmo ano.
imagem extraída da internet com a capela danificada pela dinamite de 5 para 6 de março de 1922

Em 1982 foi construído um vasto alpendre, tendo sido inaugurado por ocasião da visita do Papa João Paulo II, a 12 de maior daquele ano.
foto antiga extraída da internet, com o povo rezando no local das aparições
foto extraída da internet - Capelinha das Aparições com o alpendre antigo
foto extraída da internet, com a capelinha com o alpendre antigo, bem menor, em 1973

Em 1988, Ano Mariano, o alpendre foi forrado com madeira de pinho, proveniente da Rússia, escolhida pela sua durabilidade e leveza. A capelinha original, sujeita a pequenas reparações efetuadas ao longo dos anos, mantém ainda os traços de uma ermida popular. 

Nos dias de grandes peregrinações, a imagem ostenta uma coroa de ouro, pérolas e pedras preciosas, oferta das mulheres de Portugal, a 13 de Outubro de 1942. Exemplar único de grande valor artístico, nela foi encastoada, a 26 de Abril de 1989, a bala que atingiu o Papa João Paulo II no atentado que sofreu no Vaticano, a 13 de Maio de 1981. A imagem foi solenemente coroada pelo Cardeal Masella, Legado Pontifício, em 1946, a 13 de Maio. Das suas saídas do Santuário, é de realçar o dia 25 de Março de 1984, data em que o Papa João Paulo II consagrou solenemente o mundo ao Coração Imaculado de Maria, na Praça de S. Pedro, no Vaticano. Mais tarde, a 8 de Outubro de 2000, também na Praça de S. Pedro, o Papa, na presença de bispos oriundos dos 4 cantos do mundo, fez a consagração do novo milênio. 
o
a Capelinha das Aparições

No recinto do Santuário, perto da Capelinha das Aparições, encontra-se esta azinheira, debaixo da qual os Pastorinhos e os peregrinos rezavam antes de chegar Nossa Senhora do Rosário de Fátima.


a Azinheira Grande
foto extraída da internet - Capelinha das Aparições com o alpendre antigo e a Azinheira Grande

O projeto da Basílica de Nossa Senhora de Fátima foi concebido pelo arquiteto holandês Gerard Van Kriechen e continuado pelo arquitecto João Antunes. A 13 de Maio de 1928 foi benzida a primeira pedra pelo arcebispo de Évora, D. Manuel da Conceição Santos. A sagração aconteceu a 7 de Outubro de 1953 e a denominação de Basílica foi-lhe concedida por Pio XII, no breve Luce Superna, de Novembro de 1954. A Basílica do Santuário de Fátima mede 70,5 metros de comprimento e 37 de largura, tendo sido totalmente construída com pedra da região. Os altares são de mármore de Estremoz, de Pero Pinheiro e de Fátima. Tem 15 altares comemorativos dos 15 Mistérios do Rosário. Na capela lateral esquerda repousam os restos mortais de Jacinta, e na capela lateral direita repousam os restos mortais de Francisco. 

O Órgão foi construído e montado pela Firma Fratelli Rufatti, de Pádua, Itália, em 1952. Os 5 corpos - Grande Órgão, Positivo, Recitativo, Solo e Eco - originariamente dispersos, foram reunidos no coro, em 1962. 
São acionados por uma consola de 5 teclados e pedaleira e têm 152 registos e cerca de 12.000 tubos, de chumbo, estanho e madeira, o maior dos quais com 11 metros e o menor com 9 milímetros. A torre sineira tem 65 metros de altura e é rematada por uma coroa de bronze de 7.000 quilos, construída na fundição do Bolhão, Porto, encimada por uma cruz que, quando iluminada à noite, se avista a longa distância. O carrilhão é composto por 62 sinos, fundidos e temperados em Fátima por José Gonçalves Coutinho, de Braga. O sino maior pesa 3.000 quilos e o badalo 90 quilos. O relógio é obra de Bento Rodrigues, de Braga. Os anjos da fachada, de mármore, são da autoria de Albano França. À entrada da Basílica, por cima da porta principal, encontra-se um mosaico que representa a Santíssima Trindade a coroar Nossa Senhora. Este foi executado nas oficinas do Vaticano e ali benzido pelo então Secretário de Estado, Cardeal Eugénio Paccelli, futuro Papa Pio XII. 
Inaugurada no dia 13 de Maio de 1958, a estátua do Imaculado Coração de Maria, foi esculpida pelo Padre Thomas McGlynn, O.P., sob indicação da Irmã Lúcia, conforme Aparições de Nossa Senhora, a 13 de Julho de 1917, que mostrou aos Pastorinhos o seu Imaculado Coração. A estátua, com 4,73 m de altura e 13 toneladas, foi colocada no nicho da fachada da Basílica, a 13 de Junho de 1959. Esta imagem, oferta dos católicos americanos, evoca o conteúdo da mensagem referente à devoção ao Imaculado Coração de Maria, a que Nossa Senhora aludiu nas três primeiras Aparições da Cova da Iria e nas Aparições de Pontevedra: a devoção dos cinco primeiros sábados, a consagração da Rússia e o triunfo do seu Imaculado Coração. Projetada pelo arquitecto Erich Corsepius para as celebrações ao ar livre no recinto, foi instalada frente à basílica, uma grande tribuna, com altar, presidência, ambão e bancos para os concelebrantes. 






a tribuna para as celebrações ao ar livre



o túmulo de Francisco Marto



os túmulos de Jacinta e Lúcia

dentro da Basílica

alpendre com a Capelinha das Aparições


A estátua em bronze do Sagrado Coração de Jesus ergue-se no centro do recinto do Santuário, perto da Capelinha das Aparições. Benzido a 13 de Maio de 1932, pelo Núncio Apostólico Monsenhor Beda Cardinale, o monumento apresenta na sua base um fontanário cuja água tem sido veículo de muitas graças desde o seu funcionamento a 9 de Novembro de 1921.




Em visita a Roma, no mês de Março de 2004, o Reitor do Santuário de Fátima foi recebido em audiência privada pelo Papa João Paulo II, a quem entregou uma mensagem do Bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva. A finalidade da audiência era a entrega pelo Santo Padre ao Santuário de Fátima da primeira pedra da Igreja da Santíssima Trindade. A cerimônia de bênção e colocação da primeira pedra teve lugar no dia 6 de Junho de 2004, coincidindo com o dia em que a Igreja universal celebrava a solenidade da Santíssima Trindade. 

Esta primeira pedra, verdadeira pedra angular no sentido espiritual, consiste num precioso e histórico fragmento marmóreo do túmulo do Apóstolo S. Pedro, sobre o qual está construída a Basílica que lhe é dedicada, no Vaticano. A Igreja da Santíssima Trindade, cujo projeto é da autoria do Arquiteto Alexandros Tombazis. (Empresa: Meletitiki - Alexandros N. Tombazis and Associates Architects Ltd, Grécia), irá dispor de 9000 lugares sentados e de uma área subterrânea denominada Zona da Reconciliação. 
A zona da Reconciliação é composta de uma área para peregrinos portugueses, com um salão-capela de 600 lugares sentados e 32 gabinetes/confessionários. É ainda composta de uma outra área para peregrinos estrangeiros, com 2 capelas de 120 lugares cada e 32 gabinetes/confessionários. Estas três capelas da Reconciliação servirão também para outras celebrações. 
A Igreja da Santíssima Trindade forma um círculo de 125 metros de diâmetro e o seu interior é iluminado com luz natural pelo tecto, através de janelas viradas para Norte. Possui uma porta principal, a ser consagrada a Cristo no final da construção, que abre em vasto adro sobre o Recinto, bem como 12 portas laterais, seis de cada lado, futuramente consagradas aos Apóstolos. Dos cerca de 9000 lugares sentados, alguns ficam reservados a pessoas com deficiência. O espaço da frente da Igreja pode ser separado do restante espaço por uma divisória de 2 metros de altura, quando as assembleias tiverem até 3000 pessoas. 
Para maior comodidade e segurança, tanto os acessos como o pavimento interior são em rampa, sem degraus. 
A zona do acolhimento e sacristias fica situada dos dois lados da entrada principal e as cabines para meios de comunicação social localizam-se no interior da igreja, com aberturas nas paredes laterais. Existem camarins por trás do presbitério, já a pensar na Igreja como espaço de evangelização e, no piso subterrâneo, junto dos pátios com espelhos de água, um foyer a funcionar como espaço complementar durante encontros de evangelização ou outros eventos. 

a igreja da Santíssima Trindade
estátua do Papa João Paulo II em frente à igreja da Santíssima Trindade
imensa cruz moderna em frente à igreja da Santíssima Trindade


estátua do Papa Paulo VI, em frente à igreja da Santíssima Trindade, no lado oposto ao da imagem de João Paulo II
Papa Paulo VI

igreja da Santíssima Trindade




vista da Basílica a partir da igreja da Santíssima Trindade

interior da igreja da Santíssima Trindade









No espaço abaixo da esplanada em frente à Basílica da Santíssima Trindade, onde se encontram capelas de reconciliação, existe uma área chamada "Convivium de Santo Agostinho" na qual  está acontecendo uma exposição temporária evocativa da aparição de julho de 1917, já dentro das celebrações do Centenário das Aparições de Fátima, que se dará em 2017. Esta exposição, Segredo e Revelação, teve início no dia 30 de novembro passado e se estende até o dia 31 de outubro deste ano de 2014.
A exposição está dividida em 4 partes: 1. A visão do Inferno; 2. O Imaculado Coração de Maria; Pausa antes da terceira parte - a longa espera da revelação; 3. a Igreja Mártir. É composta de fotos, documentos, manuscritos e objetos. 

















































































O Presépio que está na esplanada, situa-se junto à Reitoria do Santuário e é obra do escultor José Aurélio, tendo sido inaugurado a 25 de Dezembro de 1999. 
o Presépio

Entrando pela parte sul do Santuário, é possível apreciar-se um pedaço do Muro de Berlim, com 2600 quilos, 3,6 metros de altura e 1,2 metros de largura. O arranjo do monumento é da responsabilidade do arquiteto J. Carlos Loureiro. 

Inaugurado a 13 de Agosto de 1994, representa a queda dos regimes comunistas, o fim da guerra-fria e de toda a tensão mundial. 

pedaço do Muro de Berlim



azeitonas maduras em um jardim 
monumento na Rotunda Sul, de onde se inicia a Via Sacra

A Via-Sacra começa na Rotunda de Santa Teresa, também conhecida por Rotunda Sul, e finda no Calvário Húngaro, onde se encontra a Capela de Santo Estêvão, encimada por esculturas de Soares Branco. 
A Via-Sacra é composta por 14 capelinhas erguidas em memória da Paixão do Senhor e uma 15ª correspondente à Ressurreição. As primeiras 14, da autoria de Ladislau Marec, engenheiro húngaro, foram oferecidas pelos católicos húngaros refugiados nos países do Ocidente durante a Hungria comunista, e inauguradas a 12 de Maio de 1964. A 15ª estação também oferecida por católicos húngaros, da paróquia de Lajosmizse, foi inaugurada a 13 de Outubro de 1992, quando do 75º Aniversário das Aparições de Fátima, na presença do Embaixador da Hungria, já liberta do comunismo. 

Entre a 8ª e 9ª estação fica um monumento, inaugurado no dia 12 de Agosto de 1956, que assinala a quarta aparição de Nossa Senhora no dia 19 de Agosto de 1917. A Aparição deu-se nesse mês a 19 e não a 13, como aconteceu com as outras Aparições, uma vez que os Pastorinhos estavam a ser submetidos a interrogatórios na casa do Administrador, em Ourém. 
O traçado da Via-sacra corresponde ao caminho que os Pastorinhos tomavam para ir de Aljustrel, onde moravam, até à Cova da Iria, onde levavam seus rebanhos de ovelhas apascentar. O caminho inverso era geralmente feito ao fim do dia e depois nos dias das Aparições, com cada vez mais gente no encalço dos Pastorinhos, movidos pelo desejo de testemunhar a presença de Nossa Senhora, ou presenciar algum milagre, como aconteceu a 13 de Outubro de 1917.



a primeira das capelinhas da Via Sacra
placa no terreno em que se situa a Via Sacra, indicando sua propriedade
ao longo de toda a Via Sacra, até as casas do Pastorninhos, há placas com dizeres relativos às Aparições




oliveira carregada de frutos maduros





























Entre a VIII e IX estações da Via-Sacra fica o local onde, em 19 de Agosto de 1917, ocorreu a 4.ª aparição de Nossa Senhora.
O atual monumento for construído com ofertas dos católicos húngaros e inaugurado em 12 de Agosto de 1956. A imagem é obra da escultora Maria Amélia Carvalheira da Silva e o nicho, ou edículas em arcos, do arquitecto António Lino.
Valinhos, local da aparição de Nossa Senhora  a 19 de agosto, meio caminho entre a Cova da Iria e Aljustrel,a vila onde as crianças videntes moravam

















O Calvário Húngaro é um monumento, a Jesus Crucificado, localizado no topo da Capela de Santo Estêvão (Santo Padroeiro da Hungria), ou Capela do Calvário Húngaro, deste local tem-se uma vista panorâmica de Fátima e dos Valinhos.
A Capela foi oferecida por refugiados Húngaros, durante o restabelecimento da União Soviética na Hungria, após a revolução Húngara, iniciada em Budapeste em 1956.






















Segundo relatos da Irmã Lúcia, aí se deram a primeira e terceira aparições do Anjo aos Pastorinhos.
Foi neste local que o Anjo lhes deu a comunhão e lhes ensinou as orações:
- “Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam”.
- “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente, e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da Terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças, com que Ele mesmo é ofendido e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.
As imagens que figuram o Anjo e os três Pastorinhos, são da autoria de Maria Amélia Carvalheira da Silva. Foram inauguradas a 12 de Agosto de 1958. A grade, em ferro forjado, é obra de Domingos Soares Branco.







A Loca do Anjo é o local onde as crianças receberam a primeira e terceira visitas do Anjo da Paz, na Primavera e Outono de 1916. Não recordando os dias exactos das Aparições, os videntes relatam que ... "era um Anjo, tinha na mão esquerda um cálice e sobre ele uma hóstia da qual caíam gotas de sangue." As crianças receberam a Comunhão pela primeira vez das mãos do Anjo.













Lúcia de Jesus nasceu nesta casa a 22 de Março de 1907 e aqui morou até 16 de Junho de 1921, dia da sua partida, com 14 anos de idade, para o Asilo de Vilar, Porto, por decisão do Bispo de Leiria, na medida em que estava a ser submetida a interrogatórios constantes por parte dos populares. Localizada a cerca de 300 metros da casa dos seus primos Francisco e Jacinta Marto, o espaço envolvente foi alvo de uma intervenção que quebrou um pouco a sua traça original. Foi construído um posto de acolhimento e informação contíguo à casa da Lúcia, no quintal onde ainda se podem ver as figueiras do tempo das Aparições. A casa foi oferecida ao Santuário de Fátima pela Irmã Lúcia, a 17 de Novembro de 1981, e entregue em 1986, depois do falecimento de Maria dos Anjos, sua irmã, que tinha o usufruto da mesma.
















Ao fundo do quintal da casa de Lúcia, fica o poço onde o Anjo da Paz, Anjo de Portugal, apareceu pela segunda vez, no Verão de 1916. As estátuas ali existentes, da autoria de Maria Irene Vilar, retratam esta Aparição celestial aos três Pastorinhos que lhes pediu oração e penitência.

















Aqui nasceu Francisco Marto a 11 de Junho de 1908 e sua irmã Jacinta Marto, a 11 de Março de 1910. Foi também aqui que faleceu Francisco a 4 de Abril de 1919, e de onde saiu Jacinta para o Hospital de D. Estefânia, onde viria a morrer no dia 20 de Fevereiro de 1920. A casa, propriedade do Santuário de Fátima desde 9 de Novembro de 1996, está devidamente conservada e mantém a traça original do tempo das Aparições, com os objetos pessoais que a compunham na época.









Este quarto, no qual morreu o pequeno Francisco me emociona de maneira especial, nem eu mesmo sei o porque. Quando aqui estive, em maio de 2012, pela primeira vez, cheguei a chorar de emoção. Daqui o pequeno santo partiu diretamente para o céu.


























Nenhum comentário:

Postar um comentário