sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

ÓBIDOS - 24 de janeiro de 2014

Na sexta-feira, já em contagem regressiva, mais uma vez saí de Lisboa para visitar a linda cidade de Óbidos, a cerca de uma hora de ônibus a partir de Lisboa. Creio ser a terceira vez que visito essa cidade que é, na minha opinião, uma das mais belas de Portugal, considerada por muitos uma "cidade de contos de fadas". Guardadas as devidas proporções, julgo que Óbidos está para Portugal assim como Assis está para a Itália. Por mais que visitemos ambas as cidades, é sempre uma afago aos olhos e à alma contemplarmos suas belezas.
Fui de taxi até a rodoviária de Campo Grande, uma das rodoviárias de Lisboa, mas tive de esperar uma hora até a saída do próximo ônibus. Assim, estando ao lado do Campo Grande, fui passear pelos seus jardins. Sobre o Campo Grande, escreveu Fernando Pessoa no seu guia sobre a cidade:
"Entramos agora num dos mais belos parques da cidade - o Campo Grande, com mais de um quilômetro de extensão e cerca de 200 metros de largura total. Era um campo de manobras militares há muito tempo atrás e foi a Rainha D. Maria I quem ordenou que ali se fizessem as primeiras plantações. Aí encontramos valiosos espécimes de árvores exóticas, plantas ornamentais, flores, etc."
"O parque do Campo Grande é um dos mais populares locais de diversão dominicais; as pessoas espalham-se pelas várias alamedas que aí foram artisticamente abertas (...) e podemos ver ... o Museu Bordalo Pinheiro, que é muito curioso, e a escultura deste famoso caricaturista nacional, da autoria de Raul Xavier".
Lisboa em Pessoa: "A distância do centro da cidade e a existência de parques melhor localizados fazem com que o Parque do Campo Grande não tenha o mesmo destaque que desfrutou na época em que Pessoa o descreveu em seu guia: 'um dos mais populares locais de diversão dominicais'. Ainda mantém seu tamanho original, com mais de um quilômetro de extensão e 200 metros de largura, conforme dados citados pelo próprio poeta. Ainda segundo ele, a região já foi um campo de manobras militares, até que a Rainha Dona Maria I ordenou que aí fossem feitas as primeiras plantações de árvores exóticas, plantas ornamentais e flores e um lago com uma pequena ilha (...). Hoje o bairro do Campo Grande é sinônimo de vida universitária, pois ali estão localizadas a Universidade de Lisboa, a cidade universitária e a Biblioteca Nacional de Portugal. No entanto, mantém-se um local extremamente agradável, tranquilo, com seu lago, um belo jardim e muitos bancos - para se sentar e ler..." 






a estátua de Bordalo Pinheiro

o Museu Bordalo Pinheiro
ainda o Parque do Campo Grande




Após entrar no ônibus por volta das onze horas da manhã, cerca de uma hora depois eu estava descendo em Óbidos, próximo ao seu aqueduto e a uma de suas principais portas. 
Óbidos é uma cidade linda. Vale a pena passar um dia aqui, andando por suas ruas estreitas, desfrutando das vistas de suas muralhas e a partir de suas muralhas.
A vila de Óbidos guarda séculos de história entre as suas muralhas. Com um vasto património de arquitectura religiosa e vestígios histórico-monumentais, a vila de reis e rainhas foi, noutros tempos, local de preferência para descanso ou refúgio das desavenças da Corte. D. João IV e D. Luísa Guerra, D. Pedro II e D. Maria I, D. Leonor, D. Catarina de Áustria e D. Carlos, foram alguns dos monarcas que passaram por estas terras deixando, de uma forma ou de outra, marcas que a vila ainda hoje mantém. A origem da vila de Óbidos remonta ao século I, à cidade de Eburobrittium. Romanos, visigodos e árabes foram povos que marcaram presença por estas paragens. O ano de 1148 marca a tomada aos mouros de Óbidos, sendo em 1210 doada por D. Afonso II à Rainha D. Urraca. O primeiro condado de Óbidos é instituído em 1636 e, sete anos mais tarde, D. João IV manda reparar novamente as muralhas.












Porta da Vila datada do Século XVII a Porta da Vila tem como elementos distintivos Azulejos do séc. XVIII e capela-oratório com varanda do século XVII. "A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem pecado original" é a inscrição que se encontra sobre a porta principal da vila de Óbidos. Mandada colocar pelo Rei D. João IV, como agradecimento pela proteção da Padroeira, aquando da Restauração de 1640. 
A Rua Direita é assim conhecida desde o século XIV e constitui a rua principal da vila de Óbidos, que liga a porta da vila ao Paço. Nos séc. XVI e XVII, as importantes transformações que sofreu esconderam os antigos portais góticos.












































































































































um moinho de vento gigantesco entre Óbidos e Lisboa. Os campos estão cheios destes gigantes.

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